quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CAMISARIA CONVIDA: Lucas Ragazzi fala sobre a camisa da Argentina 96

Ah, os anos 90! Musicalmente, talvez seja o meu favorito, com o movimento Grunge emplacando nos Estados Unidos e Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains e outros fazendo o maior sucesso pelo mundo todo. Aqui no Brasil, os Mamonas começaram bem demais e os Raimundos fazia o nome do rock nacional. Dentro das quatro linhas, talvez tenha sido umas das melhores épocas também. A copa da França teve um nível técnico gigante, com seleções realmente muito boas como a Holanda, os anfitriões, a última fase da Dinamáquina e o próprio Brasil. Craques clássicos como Stoichkov, Romário, Cantona e Batistuta. O último, na verdade, me marcou mais do que provavelmente qualquer show do Faith NoMore. Argentino, Batigol fez história na Fiorentina, clube de Florença - cidade da minha família – e, com isso, a simpatia foi inevitavel.
Dono de grande precisão no chute, Batistuta foi responsável por cerca de 40%dos gols da Fiorentina durante os 10 anos que jogou pela Viola. Fez história também na Seleção Argentina, onde conquistou duas Copa América, em 91 e 93, e uma Copa das Confederações, em 92. É dele a minha camisa favorita de toda a coleção.
Mesmo sendo da Seleção Argentina, a camisa de 1996 tem um apelo visual incrível, começando por sua gola, clássica, com botões que dão um visual retrô espetacular. Outro ponto de destaque são as mangas, com listras em um formato diferente do usual. Elas são separadas por uma singular linha preta, que destaca ainda mais a diferença entre as listras. Apesar do escudo da AFA ser pequeno, o 9, colocado entre ele e a logo da Adidas, deixa a camisa ainda mais mística.

Nas costas, o gigante numeral é acompanhado pelo nome, BATISTUTA. O tamanho deixa bem claro a importancia do atacante pra torcida. As vezes crio coragem e a visto para sair pelas ruas. Acaba que muita gente vem conversar comigo sobre ela, o contraste suave do azul anil com o branco chama atenção. Ela foi um dos últimos modelos fabricadas pela Adidas que não possuem as tradicionais três listras nas mangas. Outro ponto de destaque são as pequenas linhas que sobem dentro das próprias listras azuis da camisa. Foi um modo de marcar a camisa que a Adidas utilizou e que acabou tendo um resultado muito bom.

Esteticamente, é uma camisa bonita, respeitando a tradição argentina e inovando em pequenos detalhes.
Lucas Ragazzi é de Belo Horizonte, estudante de Comunicação Social e colecionador de camisas de futebol. Atualmente, é setorista do Atlético no portal Observatório do Esporte.

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